Hoje dei por mim a vaguear por velhas memórias e recordações... Parei em Outubro de 2001... tantas coisas novas, acho que foi aí que a minha vida deu a maior volta que alguma vez seria possivel!! A entrada na faculdade trouxe-me um mundo novo, sendo filha única sempre fui extremamente protegida, mas isso são devaneios para um próximo post (fica o tópico apontado), ali estava uma maneira de eu me libertar, sair do círculo protector em que estava...
Foi ao entrar na faculdade que conheci novas pessoas, novas personalidades, estilos diferentes daqueles a que estava acostumada... Apareceu na minha vida aquele que é hoje (e será sempre) o Amor da minha vida, ajudou-me na integração, apresentou-me esse novo mundo e despertou em mim algo que estava bem adormecido...
Sempre adorei cantar, mas só "no chuveiro", ou quando estava sozinha... alguma timidez e a falta de formação musical faziam-me cantar baixinho só para mim...
Logo na semana de praxes fui levada pelo meu padrinho (hehe!!!) a ver uma actuação seguida de um jantar da tuna (em casa n gostaram muito que eu logo na 1ª semana chegasse a casa ás tantas...)... depois desse jantar seguiram-se os ensaios a que não faltava por nada, à noite em vez de estudar matemática ou macroeconomia estudava as letras da tuna, vagueava pelo site da tuna, tentava conhecer a história, como tinha surgido, a quem é que "devia agradecer" a ideia de formar uma tuna, enfim...
No dia em que subi a palco pela primeira vez, era uma sessão solene ou qualquer coisa semelhante, para os veteranos era aquela actuação "chata", a maioria dos profs nem ligava nenhuma aproveitava para ir beber uma água... Para mim foi a minha estreia, sem instrumento ainda, só com a voz e o pijama, o traje dos caloiros... As actuações sucederam-se, aos ensaios só faltava se tivesse mesmo que ser, aos jantares também não faltava apesar de ter que voltar cedo para casa, os meus pais sempre foram contra a tuna, acho que eles nuca perceberam muito bem o que é ser tunante e o que aquilo significava para mim!!!
Tentei explicar-lhes um dia... Ser tunante não é ser bêbado ou baldas, ser tunante é algo que só se percebe realmente quando se está numa Tuna!! É pertencer a um grupo que tem em comum duas coisas, o gosto pela música e orgulho na tradição académica!! Ser tunante é cantar, tocar, rir, preservar a tradição da música académica e transmiti-la aos caloiros que entram ano após anos, é viver "dentro" do espírito académico, é querer evoluir a tuna a que se pertence!! e para isso é preciso um grupo coeso, onde remem todos para o mesmo lado, com horas de ensaios e dedicação que originam laços de amizade, jantares regados com boa disposição, algum Licor Beirão e muita música...
O problema é quando se começam a formar pequenas elites, onde ou se entra ou se é posto de parte ou se é forçado a sair...
Não gosto de injustiças e tenho o meu orgulho (que quem me conhece sabe q não é pouco) mas muitas foram as situações que aguentei por amor à camisola, por querer fazer alguma coisa por aquela tuna, por achar que aquilo ia mudar... Mas não mudou e como apesar de orgulhosa, não sou de ferro, lá me fui desligando aos poucos... mas só aparentemente!! Não ia aos ensaios, mas estava sempre nas actuações a apoiar... Ajudava no que podia, não pelas pessoas que lá estavam mas simplesmente pela tuna, por ser tunante... sem nunca ter passado de aspirante...
Feliz feliz ficava quando era chamada a palco como antigo membro, para cantar a ultima musica... Triste ficava sempre que via a tuna actuar e eu não estava lá com eles porque simplesmente "não me deixavam"...
Foi ao entrar na faculdade que conheci novas pessoas, novas personalidades, estilos diferentes daqueles a que estava acostumada... Apareceu na minha vida aquele que é hoje (e será sempre) o Amor da minha vida, ajudou-me na integração, apresentou-me esse novo mundo e despertou em mim algo que estava bem adormecido...
Sempre adorei cantar, mas só "no chuveiro", ou quando estava sozinha... alguma timidez e a falta de formação musical faziam-me cantar baixinho só para mim...
Logo na semana de praxes fui levada pelo meu padrinho (hehe!!!) a ver uma actuação seguida de um jantar da tuna (em casa n gostaram muito que eu logo na 1ª semana chegasse a casa ás tantas...)... depois desse jantar seguiram-se os ensaios a que não faltava por nada, à noite em vez de estudar matemática ou macroeconomia estudava as letras da tuna, vagueava pelo site da tuna, tentava conhecer a história, como tinha surgido, a quem é que "devia agradecer" a ideia de formar uma tuna, enfim...
No dia em que subi a palco pela primeira vez, era uma sessão solene ou qualquer coisa semelhante, para os veteranos era aquela actuação "chata", a maioria dos profs nem ligava nenhuma aproveitava para ir beber uma água... Para mim foi a minha estreia, sem instrumento ainda, só com a voz e o pijama, o traje dos caloiros... As actuações sucederam-se, aos ensaios só faltava se tivesse mesmo que ser, aos jantares também não faltava apesar de ter que voltar cedo para casa, os meus pais sempre foram contra a tuna, acho que eles nuca perceberam muito bem o que é ser tunante e o que aquilo significava para mim!!!
Tentei explicar-lhes um dia... Ser tunante não é ser bêbado ou baldas, ser tunante é algo que só se percebe realmente quando se está numa Tuna!! É pertencer a um grupo que tem em comum duas coisas, o gosto pela música e orgulho na tradição académica!! Ser tunante é cantar, tocar, rir, preservar a tradição da música académica e transmiti-la aos caloiros que entram ano após anos, é viver "dentro" do espírito académico, é querer evoluir a tuna a que se pertence!! e para isso é preciso um grupo coeso, onde remem todos para o mesmo lado, com horas de ensaios e dedicação que originam laços de amizade, jantares regados com boa disposição, algum Licor Beirão e muita música...
O problema é quando se começam a formar pequenas elites, onde ou se entra ou se é posto de parte ou se é forçado a sair...
Não gosto de injustiças e tenho o meu orgulho (que quem me conhece sabe q não é pouco) mas muitas foram as situações que aguentei por amor à camisola, por querer fazer alguma coisa por aquela tuna, por achar que aquilo ia mudar... Mas não mudou e como apesar de orgulhosa, não sou de ferro, lá me fui desligando aos poucos... mas só aparentemente!! Não ia aos ensaios, mas estava sempre nas actuações a apoiar... Ajudava no que podia, não pelas pessoas que lá estavam mas simplesmente pela tuna, por ser tunante... sem nunca ter passado de aspirante...
Feliz feliz ficava quando era chamada a palco como antigo membro, para cantar a ultima musica... Triste ficava sempre que via a tuna actuar e eu não estava lá com eles porque simplesmente "não me deixavam"...
Mas como me ensinaram quando lá estava:
Ser tunante faz parte de mimÉ algo que jamais deixarem de sentir
E porque chorar quando posso voltar...
...Alma Boémia, Paixão Eterna, Sempre,
Sempre, Até morrer!!!
4 comentários:
Muito bom mesmo! De facto ser Tunante é mais do que um posto, um estatuto, ser tunante é um sentimento que só o sabe definir, e nunca por palavras, quem por lá passa, é unico.. Mas a Tuna é um grupo em q o sucesso não pode ser individual, não há lugar para vedetismos!! Um falha, falham todos!
Vou falar primeiro como padrinho.. tu foste em todos os sentidos um exemplo a seguir sobre o que é ser tunante, dotada de espirito académico e boa disposição, elevado espirito de aprendizagem e modestia.. até ao ponto em que a injustiça invejosa falou mais alto!! Mas tu lá permaneceste, sempre com o mesmo espirito, igual a ti própria, sempre tu!!
Foi também na tuna que passei os melhores momentos da minha vida com o grande amor da minha vida, não de ontem, não de hoje, mas de sempre e para sempre.. e o que me custou vê-la sair, mas compreendi e eu próprio permaneci só de espirito, sem vontade, apenas com aquele sentimento q atrás falei!
Mas como a realidade é isso mesmo, quem sabe certas injustiças ainda podem ser repostas, tarde mas a tempo!! Só de imaginar o que já podias ter dado aquele tuna...
Para mim e para os mais atentos foste e serás sempre uma grande Tunante!!
........ :)
Axo que nunca um texto teu m deu tanta vontad d chorar e rir ao mesmo tempo, pk li nas tuas palavras um registo muito preciso do que me vai na alma quando penso na nossa Tuna... a forma "+ k improvável" como lá fui parar, as pessoas k cnheci, as musics k agora canto (aliás, cantamos ;P) e a felicidad d saber k há pessoas k, tal cmo tu, já n estão lá, mas nunca saíram... ;)
n cnsigo encntrar palavras p o descrever, só k kero k saibas k subscrevo a 100%!!!
bjo grand da caloirita***
Devo confessar que adorei ler este teu texto, fez-me reviver imensas coisas... Não porque eu faça parte de uma tuna (eu bem tive esse "sonho" em tempos mas, mais uma vez, a minha faculdade deixa muito a desejar: não temos tuna!!) mas porque me remete para tempos dos quais tenho muitas saudades e nos quais penso muitas vezes (ai se eu tivesse feito isto ou aquilo...) Fico contente por ainda ter estado presente no começar dessa fase. Eu vi a actuação em pijama (imagens inesquecíveis), até cheguei a assistir a um ensaio e acompanhei o nascimento desse grande amor (quem diria, hein?)... Foi o início de uma nova etapa para ti, e foram os últimos momentos que partilhámos, e que por isso guardo com carinho num cantinho especial onde ficam as recordações daqueles que nunca esquecemos... E depois de seguirmos rumos separados lá dava eu por mim a navegar na página da tuna a tentar saber o que seria feito de ti!
Olá!
Andava a vaguear pelos blogs, e como sempre de vez em quando encontram-se coisas engraçadas. Tenho algo em comum ctg: o facto de ter deixado há pouco tempo a tuna em que andava e da qual continuo a gostar muito, da qual tenho imensas saudades, com a qual sonho de vez em quando e da qual sigo atentamente todas as notícias boas e más. Os motivos penso que tenham sido diferentes dos teus, mas semelhantes no ponto em que eu saí por certas atitudes, certas "definições" que me deixavam cada vez mais desconfortável...
É realmente um fenómeno inexplicável fazer parte de uma tuna, daquele espírito único acompanhado de música, e só quem passa por isso a sério, sabe o que se sente.
Beijinhos**
P.S. Escreves muito bem :)
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