segunda-feira, outubro 24, 2005

Para sempre, avô

Hoje lembrei-me dele... mais do que é costume, talvez porque hoje faria anos!

Lembrei-me de quando, depois da viagem, chegava perto dele e ele me dava aquele abraço...
Lembrei-me das férias que passei com ele...
Lembrei-me do quanto ele gostava dos animais dele, as abelhas, o cão...
Lembrei-me da voz a chamar por mim...

e senti saudades!!

Saudades... aquele sentimento estranho que nos preenche quando algum espaço em nós fica vazio! De repente esse espaço é ocupado por uma voz, um olhar, um toque... um aperto no coração! Um aperto que trago comigo mas que se transformou num pedaço de mim... Eu sei que aquele espaço está ali, sei que lhe pertencia, que ficou vazio e lhe voltou a pertencer...

Depois lembrei-me de como gostava de o ouvir falar, a política era uma das suas paixões, a leitura de romances outra...
Lembrei-me de quando ficámos os dois acordados até ás tantas da madrugada a ver o jogos olímpicos de Atlanta...
Lembrei-me do dia que me despedi dele, para toda a eternidade...

e rolou uma lágrima, e outra, e outra...

Sei que me ouve, sei porque o sinto ou sei porque o quero saber e o quero sentir, mas esta é a minha maneira de não o esquecer, imaginar que onde quer que esteja também me sente... e eu sinto, sinto a falta dele e sinto que faltou dizer muita coisa...

Lembrei-me que nunca lhe disse o quanto o Adoro e Admiro!!

3 comentários:

Anónimo disse...

linda adorei a tua reflexão e n pode deixar de comentar, pq ao lê-la vi-me a mim e às saudades que tenh da minha avó e por mais esforço que tenh feito fui incapaz de segurar também as minhas lágrimas... o carinho que ela me dava, as palavras de sabedoria que me dizia e a forma como me agarrava nunca sairam da minha memória. aquele beijo q me dava na face e agora q recordo tudo isto penso que dava tudo para a ter aqui do meu lado para ver como cresci para limpar a lágrima q rola na minha face e dizer-m qual a melhor forma de enfrentar todos os problemas que tenh... os meus pais por mais triste que eu esteja só me criticam mas ela eu sei que se aqui tivesse iria falar comigo e talvez fosse ela a ocupar o vazio q sinto no meu peito..
tal como tu nunca disse à minha avó o quanto gosto e tenh orgulho nela por isso aqui fica para ti avó estejas onde estiveres eu ADORO-T e ORGULHO-ME muit de ti

Anónimo disse...

Estou a ficar algo nostálgica... sinceramnt n m importo, pk acabei d ler este ponto: "Lembrei-me que nunca lhe disse o quanto o Adoro e Admiro"...

Oh Deus, como eu sinto o mesmo...
sempr tiv só 1 avô, e foi o 1º funeral a k fui... foi provavelmnt akele dia d mnha vida em k m caiu td em cima... xpcialmnt essa sensação d ter ficado mto por dizer e mostrar, visto k eu percebi mto tard o "fixe" k ele era...

e tb estou a tntar perceber agra pk é k n digo estas coisas a nnguém, e dps as escrevo assim no teu blog...:) xegast a cnsiderar Psicologia?

*bjinho* da caloira k tem a mãe a mandar vir p causa d hora..:P

Anónimo disse...

Não caloirita, nunca pensei em psicologia! até porque o que escrevo no blog dificilmente sairia de outra forma, a escrita é a única maneira de dar asas a alguns sentimentos um tanto aprisionados...
Por vezes o que acontece com este tipo de textos é que têm sempre algum ponto com que nos identificamos e sentimos uma certa empatia, daí a facilidade de exprimir sentimentos que noutra situação ficariam guardados!